Zahi Hawass volta atrás e admite que muitos objetos foram saqueados..

Quando a revolução começou em 25 janeiro de 2011 em sua primeira semana, havia poucos relatos de saques: em Qantara no Sinai e no Museu Egípcio no Cairo. No entanto, desde a renúncia de Mubarak, os saques tem aumentado em todo o país e nossas antigüidades estão em perigo, já que criminosos estão tentando tirar vantagem da situação atual. No sábado, 29 de janeiro, entrei no museu de manhã, após o arrombamento e eu podia ver através do monitor do museu os objetos que foram quebrados e jogados em todas as galerias. No entanto, todas as obras pareciam estar presentes. À primeira vista, não parecia que os objetos estavam faltando e eu anunciei que o museu estava seguro.

Após o nosso inventário preliminar, nós descobrimos que dezoito itens estavam faltando. Felizmente quatro itens já foram recuperados. Agora estou esperando para o registo, do departamento de Gestão e Coleções concluir seu relatório final sobre o que mais está faltando ou não no Museu Egípcio, no Cairo. O diretor-geral do museu me disse que esse relatório estará completo no domingo.

Compartimentos e armazenamentos; Muitos sofreram arrombamentos e sitios de todo o Egito sofreram nas mãos de criminosos.

Estátua de Ramsés II em Aswan

· Em Qantara, no Sinai, saqueadores invadiram o depósito e roubaram várias caixas de objetos. Felizmente, até à data 292 itens foram devolvidos.

· Criminosos atacaram várias vezes Saqqara cerca de dez dias atrás. Os cadeados de muitos túmulos foram abertos.

· O depósito da expedição “Metropolitan Museum of Art” em Dahshur, conhecida como De Morgan, foi atacada duas vezes e os saqueadores conseguiram dominar e amarrar os guardas.

· Em Abusir, saqueadores invadiram o depósito da expedição Checa.

· Em Gizé, no 01 de março de 2011, os criminosos arrombaram o depósito Selim Hassan. Esses saqueadores estavam carregando armas e desarmados os guardas do local rapidamente se renderam por medo de suas vidas.

· Depósitos em Tell el-Basta e Wadi el-Feiran, perto de Sharm el-Sheikh, foram também objeto de arrombamento e invasão.

Os inspetores do sitio em cada um desses locais ainda estão a verificar cuidadosamente os inventários do depósito contra suas bases de dados para avaliar a extensão dos danos. Estou à espera dos inspetores concluírem o seu trabalho e apresentar seus relatórios finais para mim.


Vários sítios faraônicos foram submetidos ao vandalismo e saques.

· O túmulo de Ken-Amon em Tell el-Maskhuta, perto de Ismailia, foi completamente destruído. É o conhecido túmulo da 19ª dinastia no Baixo Egito.

· Em Gizé, perto da Grande Esfinge, os saqueadores invadiram o túmulo de Impy. Vândalos também tentaram destruir outras construções e túmulos em Gisé, mas não tiveram sucesso.

· Em Saqqara, blocos com inscrições e partes da porta falsa foram roubados do túmulo de Hetepka.

· Blocos Inscrito também foram retirados da tumba de Ptahshepses em Abusir.

· Os guardas de sitios em Nekhen, ao norte de Edfu, pegaram vários ladrões.

· Em Aswan, ladrões tentaram roubar uma estátua de Ramsés II, mas os arqueólogos e os guardas no local apreenderam eles.

· Um sitio no Norte do Sinai foi destruído quando os saqueadores chegaram com um carregador.

· Saqueadores atacaram Abydos quase todas as noites com escavação ilegal e trincheiras que chegaram a ter cinco metros de profundidade e danificaram o local.

· Relatórios de construções ilegais foram relatados perto da pirâmide de Merenre e na Mastaba de Fara’un, perto de Saqqara.

Muitos sitios, inclusive Alexandria, Ismailia, Saqqara, Behaira, Sharkia Abusir e Dahshur, relataram escavações ilegais, algumas das quais tiveram lugar durante a noite.


Fonte: www.drhawass.com

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