Arqueólogos no Egito descobriram um achado fascinante no sítio arqueológico de Oxyrhynchus: 13 múmias equipadas com línguas de ouro, uma prática antiga que se acredita ter sido realizada para ajudar os mortos a falar no além. Essa descoberta remonta ao período Ptolemaico, entre 304 e 30 a.C., uma época em que o Egito era governado por uma dinastia descendente de um dos generais de Alexandre, o Grande.
O Significado das Línguas de Ouro
Na cultura egípcia antiga, o ouro era considerado “a carne dos deuses”, e as línguas de ouro eram colocadas nas múmias com a intenção de permitir que os falecidos se comunicassem com divindades ou figuras divinas após a morte. A descoberta de tantas línguas douradas em um único local é notável e pode indicar que essas múmias pertenciam a indivíduos da elite, possivelmente associados a templos e cultos animais que eram predominantes na região.
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Outros Achados no Local
Além das línguas de ouro, a equipe de arqueólogos encontrou 29 amuletos enterrados junto às múmias. Entre esses artefatos, destacam-se escaravelhos, considerados sagrados pelos egípcios, simbolizando o movimento do sol. Outros amuletos retratam divindades como Hórus, Thoth e Ísis, enquanto alguns combinam várias divindades em um único item, refletindo a complexidade das crenças egípcias.
Arte e Religião nas Tumbas
As paredes das tumbas apresentavam pinturas impressionantes. Uma delas retrata um indivíduo chamado Wen-Nefer, provavelmente o proprietário da tumba, cercado por várias divindades egípcias. Outra pintura no teto exibe a deusa do céu, Nut, cercada por estrelas, enquanto outra cena apresenta um barco sagrado com diversas divindades a bordo.
A Importância da Descoberta
Essa escavação lança luz sobre práticas funerárias sofisticadas e crenças espirituais dos antigos egípcios. Os artefatos e representações encontrados ajudam os arqueólogos a compreender melhor as ligações entre rituais religiosos, a preservação dos mortos e as aspirações de uma vida após a morte gloriosa.
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