A arte e cultura Egípcia afirmam um conjunto de conhecimento, estimulando e seduzindo nossa inteligência sempre voltada ao fértil vale do Nilo. A invenção de uma linguagem foi o resultado de um extenso exercício civilizatório ao longo de aproximadamente 4.500 anos onde não se pode restringir tal formação ao meramente “exótico”.
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PORTAL EGÍPCIO é o nome que batiza a exposição da artista plástica Flávia Taglialegna e que se pauta no campo da experiência e pesquisa sobre o Egito antigo, norteando novas percepções de experimentação de uma estética mística e histórica. Nesse sentido torna-se relevante dizer que é ponto comum tal experiência transmitir a sensação de que algo foge do pragmatismo das possíveis explicações lógicas racionalistas. A artista oportuniza um bom panorama da visão politeísta egípcia sem abrir mão da incógnita que a motivou ao equilíbrio do conjunto da sua obra. Talvez por isso o passado/ presente – a morte/ imortalidade, o ritual e a transformação, a nobreza, etc., fiquem tão impunemente ligados à expressão plástica desse misticismo egipciano que a “contagiou”.
O acervo exposto compõe-se em aproximadamente 18 telas pintadas em acrílica e desenhadas a nanquim. O conjunto da obra permite ao observador liberdade para se encontrar com a história e tomar consciência de elos que ela própria pontua como vértice e ruptura. O tema nos inquieta a ponto de questionarmos o limite de quando ele não mais representa o cânon do panteão egípcio e quando passa ser objeto da decorrente existência contemporânea da autora (…). Deveríamos escrever sobre a exposição a partir da ótica dos nossos estudos sobre egiptologia – e a milenar história nos legada pelos sacerdotes, faraós e escribas – ou da própria artista? Esse reencantamento pelo mistério do vale do Nilo encontra em Taglialegna uma das mais forte defensoras que – com muita ousadia estética e coragem – transpõe limites, transcorrendo seu percurso em favor da arte e sua liberdade de expressão. Nesse sentido acaba criando um contraponto em relação à arte original que a inspirou por ser essa de origem estatal/ clerical e a dela libertária e contemplativa. Justifico-me pela adição dos dispersivos aquarelados e formas sem sugestão temporal, fora da sua aplicabilidade ritualística. Porém, e mesmo assim… Original!
A Artista, já participou de vários cursos e encontros com professores e Doutores nas Artes. Tem curso de crítica da arte com a historiadora, perita e membra da ABCA e AICA, Guiomar Lobato. Possui várias participações em exposições coletivas e individuais: Faculdade Estácio de Sá- B.H/M.G, Galeria de arte do PIC- B.H/M.G, Espaço Casa dos Contos- B.H/M.G, Museu de arte de Betim- Betim/M.G, Museu Casa dos Contos de Ouro Preto- O.P/M.G. Congresso Nacional/ Brasilia – DF, Coletiva/ São João Del Rei, Coletiva/ Maison das Artes – BH, etc. Para a abertura da mostra – o artista multimídia – Capucci Junior, foi convidado a contribuir com sua arte virtualizada e interativa, e para interagir; a atriz de teatro, Bárbara Santos. Ambos contribuirão para apresentar um deslumbrante espetáculo de arte tecnológica conhecido como imagem mapeada. O “Light Work “ representa o portal que se abre contando a história de milênios em alguns minutos. O elemento humano ressurge de uma época e nos hipnotiza a continuar a jornada por entre dimensões desconhecidas e surreais. Algo de invisível e inefável adquire nessa arte uma forma bela, real e sagrada, nos convidando para outra dimensão, navegando virtualmente, pelas ondas gravitacionais do espaço/tempo. Dmtrius Cotta Diretor/Curador Departamento de Galerias de Arte da Secretaria Municipal de Cultura e Juventude – Sete Lagoas/ MG
Informações:
Entrada: GRATUITA.
Local: Galeria Myralda. Av. Getulio Vargas , 91 ( Casa da Culltura “Francisco Timóteo Pereira). Orla da Lagoa Paulino. Sete Lagoas – MG – Centro. CEP 35700 046
Tel.: 031’ 3773 5687/ 3775 2977 ([email protected])
Curadoria: Dmtrius Cotta
Abertura: 5 de maio/ 20 h Exposição: 5 a 30 de maio de 2016. Horário de visitas: 8h às 18h – Segunda a sexta feira.
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