Giovanni Battista Belzoni
Giovanni Battista Belzoni foi engenheiro e explorador de antiguidades egípcias. Nasceu em 1778 d.C. na cidade de Pádua, na Itália, e faleceu em uma vila chamada Gwato, na Nigéria, em 1823 d.C. (um ano depois de Champollion decifrar os Hieróglifos).
Ficou conhecido como o “Grande Belzoni”, devido a sua altura (aproximadamente dois metros), e foi um dos primeiros nomes da egiptologia. Em 1803 Belzoni foi para a Inglaterra e lá conheceu sua esposa, Sarah Bane. Nesse período ambos se apresentavam em circos para sobreviver.
Em 1812 ele saiu em turnê pela Espanha e Portugal, e em 1815 foi para o Cairo, onde conheceu Muhammad Ali, que tinha um sistema de recuperação de terras. Belzoni então mostrou a Muhammad Ali uma máquina hidráulica feita por ele mesmo para elevar as águas do Nilo.
A invenção funcionava perfeitamente, porém não foi aprovada, deixando Belzoni sem dinheiro e precisando achar um trabalho para sobrevier. Ainda no Egito, Belzoni conheceu o cônsul britânico Henry Salt que o convidou para trabalhar em uma remoção de um artefato faraônico do Egito para o museu britânico.
A remoção do busto colossal de Ramsés II foi um sucesso. A peça pesava em torno de 7 toneladas e levou mais de duas semanas para ser arrastada até o rio Nilo, de onde seguiria viagem para a Inglaterra. Belzoni usou alavancas para levantá-la sobre rolos de madeira e seus homens se agruparam em partes para arrastá-la. A peça ainda encontra-se em exibição no museu Britânico e é conhecida como “o jovem Memnon”.
Seu sucesso fez com que Henry Salt lhe propusesse mais expedições, como ao templo de Edfu, Elefantine e Philae. Foi Belzoni que abriu o grande templo de Abu Simbel na areia (1817) e fez escavações em Karnak, onde encontrou a tumba de Seti I (conhecida como “A tumba de Belzoni”). A ele ainda é atribuído o fato de ser o primeiro a entrar na segunda pirâmide de Gizé (1818).
Em 1819 ele retornou para a Inglaterra e publicou um relato de suas descobertas, chamado “Narrativa das operações e recentes descobertas dentro das pirâmides, templos, tumbas e escavações no Egito e Núbia”. Em 1823 Belzoni foi para a África Ocidental, com a intenção de viajar para Timbuktu, mas não tendo conseguido permissão para atravessar o Marrocos ele acabou indo parar em uma vila chamada Gwato, e morreu ali. Em 1829, sua viúva exibiu e publicou em Paris seus desenhos das tumbas reais de Tebas.
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Autor: Lucas Ferreira
Fontes / Referências:
– BBC, Documentary. Chapter 3 – O Faraó e o Artista.
– BBC, Documentary. Chapter 4 – O Templo na Areia.
Sites / Referências:
– http://www.belzoni.com
Olá…Foi esse Belzoni que pelo menos de certo modo deu início a egiptologia(ao que alguns dizem né!) desenterrou templos e encontrou a passagem pra dentro de uma das pirâmides e ainda fez uma ”pichação” com o nome dele por lá!!!Hehehehehe…Abraços…
Olá Marcelo, tudo bom? Alguns acham que ele foi importante para o Egito assim como eu, mas já vi autores defendendo que ele acabou destruindo alguns monumentos por falta de cuidado e contrabandeando artefatos. Acho isso muito relativo, tendo em vista o padrão da época. A Egiptologia como ciência é creditada a Champollion quando o mesmo anunciou ao mundo a decifração dos Hieróglifos Egípcios. Até mais.