‘Queijo mais velho do mundo’ descoberto em antiga tumba egípcia

Num canto de notícias malcheirosas dessa bela tarde de Sábado, um time de pesquisadores das Universidades de Catania e Cairo descobriram o que poderia muito bem ser o mais antigo queijo sólido na tumba de Ptahmes – que se estima ter mais de 3200 anos de idade. Não queremos imaginar o cheiro.

O antigo laticínio parece ser uma exuberante mistura de leite de ovelha, cabra e vaca, de acordo com as análises proteômicas biomoleculares (magia científica) realizada pelos pesquisadores. Ptahmes era o prefeito de Tebas e um oficial do mais alto escalão nos reinos dos faraós Seti I e Ramsés; um período de tempo entre 1290 e 1213 a.C., e apesar de não haver nenhuma evidência concreta de que o bem conservado queijo tenha pertencido a ele, escolhamos acreditar que sim.
Além disso, pesquisadores descobriram uma antiga cepa de bactéria dentro do queijo; uma certa Brucella melintensis, que é responsável pela brucelose, uma doença infecciosa conhecida como “Febre mediterrânica”.
Era um exemplo da antiga tradição de deixar comida nas tumbas para nutrir os mortos no pós-vida? Ou, era apenas um túmulo para o próprio queijo? Pode ser que vivamos para revelas seus segredos.
Traduzido de:
‘World’s Oldest Cheese’ Discovered In Ancient Egyptian Tomb. Cairo Scene. 12 Ago. 2018. Disponível em: http://www.cairoscene.com/Buzz/ancient-egyptian-cheese. Acesso em: 12/08/18.
Para maiores informações:
Cientistas descobrem queijo mais antigo do mundo no Egito. ANSA Brasil. 8 Ago. 2018. Disponível em: http://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/brasil/cultura/2018/08/08/cientistas-descobrem-queijo-mais-antigo-do-mundo-no-egito_bfe8d801-75ae-402a-af0c-66338e3f8426.html. Acesso em: 11/08/18.
AP. Most ancient’ solid cheese found in dug up Egyptian jar. Ahram Online. 18 Ago. 2018. Disponível em: http://english.ahram.org.eg/News/309867.aspx. Acesso em: 19/08/18.
Indicação bibliográfica:
GRECO, E.; EL-AGUIZY, O.; ALI, M. F. et al. Proteomic Analyses on an Ancient Egyptian Cheese and Biomolecular Evidence of Brucellosis. Analytical Chemistry, 25 Jul. 2018. Disponível em: https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acs.analchem.8b02535. Acesso em: 11/08/18.