Howard Carter
Howard Carter era um Egiptólogo que nasceu em 9 de maio de 1874 e a ele deve-se o maior feito arqueológico do mundo: a descoberta da Tumba de Tutankhamon. Howard teve uma formação inicial como desenhista, já que seu pai, Samuel Carter, o ensinou tudo sobre a profissão.
Quando uma oportunidade de trabalho surgiu para Howard, ele não pensou duas vezes e logo aceitou, o que daria início à descoberta do maior tesouro egípcio encontrado até hoje. Era uma oportunidade de ir ao Egito e trabalhar como desenhista de inscrições egípcias. Então, com ainda 17 anos, Howard Carter foi pela primeira vez ao Egito em Alexandria.
Em 1901, George Edward Stanhope Molyneux Herbert, quinto conde de Carnarvon, sofreu um acidente de carro na Alemanha que o deixou frágil e doente. Seu médico recomendou que passasse o inverno em climas mais quentes e em 1903 ele foi para o Egito, onde a Egiptologia acabou virando uma espécie de hobby. No ano seguinte, percebendo que ele precisava de um profissional treinado, Senhor Carnarvon contratou Howard Carter, que havia trabalhado no Egito desde 1891. Sua colaboração acabaria por levar a um dos maiores tesouros arqueológicos do mundo. (BARD, 2007, p. 230)
Em 1892, Carter foi trabalhar com um importante arqueólogo chamado Flinders Petrie. Com o auxílio de Petrie e a sua dedicação e habilidade, Carter logo se tornou um arqueólogo. Nessa época, participou de escavações no templo de Hatshepsut, a primeira rainha Faraó. Com esse trabalho, ele foi melhorando seus desenhos e suas técnicas de escavação e restauração. Em 1899, Carter foi convidado pelo diretor de antiguidades egípcias Gaston Maspero para ser o inspetor de monumentos do alto Egito. Sua função incluía supervisionar a arqueologia ao longo da região. Depois de alguns incidentes envolvendo turistas franceses, Carter foi dispensado por Petrie.
Entre 1905 e 1907, Carter passou a trabalhar como guia e utilizava da nova profissão para vender seus desenhos aos turistas. No ano seguinte, foi indicado por Maspero ao 5º Lord Carnarvon e conseguiu trabalho, se tornando supervisor das escavações de Carnarvon, um homem apaixonado por esportes, grande colecionador de arte, muito rico, que estava no Egito para se recuperar de um acidente de carro. Nesse tempo no Egito, Carnarvon conseguiu uma licença para escavar e iniciou a grande parceria de sucesso com Howard Carter.
Howard Carter mostrou a Lord Carnarvon um desejo antigo de encontrar a tumba de um Faraó cujos poucos objetos tinham sido encontrados em outras escavações. Tratava-se do até então desconhecido Tutankhamon. Carter acreditava que o Faraó poderia estar enterrado no Vale dos Reis, apesar de estudiosos da época descartarem tal hipótese e de um arqueólogo americano chamado Theodore Davis acreditar já ter encontrado a tumba de Tutankhamon, mas afirmar que ela teria sido saqueada como a maioria das outras. Carter imaginava que essa tumba encontrada por Davis não era uma tumba real e por isso tinha convicção de que existia uma tumba ainda a ser descoberta.
[…]Com Lord Carnarvon na Inglaterra, a escavação de Carter iniciada em 1915 foi interrompida até 1917 por causa da Primeira Guerra Mundial. Por cinco anos depois de 1917, ele pesquisou no Vale a tumba de Tutankhamom sem sucesso, e em 1922 Lord Carnarvon decidiu acabar com seu apoio financeiro[…]” (BARD, 2007, p. 230)
Porém, o dinheiro de Lord Carnarvon começava a esgotar, e o próprio Lord passou a achar que talvez fosse melhor suspender a busca. Carter então convenceu Carnarvon a apoiá-lo em sua última tentativa. As escavações seguiram sem sucesso até 1922, quando, no dia 4 de novembro, foi encontrado um degrau esculpido em rocha ao pé da tumba de Ramsés VI. Era um degrau que dava início a uma escada. Como Carnarvon estava na Inglaterra, Carter precisou esperar sua vinda ao Egito para então abrirem a porta da tumba. Isso aconteceu no dia 24 de novembro, quando encontraram um corredor cheio de objetos que levava a outra porta.
[…]Então Carnarvon não suportando mais, pergunta a Carter: – Você pode ver alguma coisa? e Howard Carter lentamente se vira e diz do fundo da sua alma “Sim, coisas maravilhosas! Certamente nunca antes em toda a história das escavações algo tão maravilhoso foi visto como agora”… (CERAN, 2008, p. 202)
Ninguém havia prestigiado tamanho tesouro até então. Eram centenas de objetos, feitos de todo material possível, como o ouro que reluzia com os feixes de luz. A maioria das peças foram catalogadas por Howard Carter em seu livro e recentemente o Instituto de Griffth, Oxford, publicou em seu site as fotos e toda a jornada de Carter e Carnarvon. Veja clicando aqui. Em 16 de fevereiro de 1923, Carter abriu a porta da câmara mortuária e encontrou um enorme sarcófago dourado. Existiam quatro sarcófagos, um dentro do outro, todos cobertos com ouro, sendo o último de ouro puro, e dentro dele estava o corpo de Tutankhamon. “Em certos momentos, nos falta a fala”, disse Carter, que fez a descoberta de sua vida. Carter faleceu em sua casa, em Londres, no ano de 1939, aos 65 anos.
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Autor: Lucas Ferreira
Fontes / Referências:
– BARD, kathryn. An Introduction To The Archeology Of Ancient Egypt. Publisher: Wiley-Blackwell, 2007.
– CERAN, C. W. Götter, Gräber und Gelehrte: Roman der Archäologie, Rowohlt Verlag, 2007.
– DERSIN, Denise. Histórias cotidianas às margens do Nilo: 3050-30 a.C. Editora: Folio, 2007.
Sites / Referências:
– http://www.griffith.ox.ac.uk/gri/4tut.html
Oiii pessoal…Pois é,o Howard Carter fez sim o que podemos chamar de grande descoberta considerando que a tumba de Tutankhamon estava intacta mesmo depois de 3 milênios,além também de que ela mostrou como eram os antigos rituais que os egípcios seguiam pra enterrar seus mortos sendo também que os itens encontrados lá estavam intocados tal como os antigos egípcios haviam deixado a mais de 3 mil anos!!!.Um abraço ae..
Olá Marcelo, tudo bom? Ao meu ver foi a maior descoberta arqueológica do mundo. Até hoje não se tem notícia de um tesouro tão grande e valioso como o de Tutankhamon. As comparações feitas com o mesmo, são geralmente de locais descobertos como Machu Pichu. Howard Carter nunca desistiu de seu objetivo e com todas as dificuldades fez o que todos achavam impossível. Abraços.
se fosse eu morreria feliz de saber que foi eu quem descobri o túmulo dele.
Olá Fagner, tudo bom? Com certeza Howard Carter ficou orgulhoso de sua persistência e de seu achado. Até mais.
aaaa eu denovo…..kikikiki…..fiquei imaginando a felicidade dele ao ver o tumulo do tut! até me arrepiei kikiki
Com toda certeza, hehe.. Obrigado pelos elogios.
parabéns! muito bem explicado…..amei as fotos!