Antigo Egito

Egito salva crocodilo do Nilo que estava ameaçado de extinção..

Os esforços da população egípcia para proteger esta espécie foram eficientes. No ano passado o crocodilo do Nilo passou para o estatuto de “baixo risco de extinção” segundo a classificação da IUCN. Os egípcios antigos adoravam o deus crocodilo Sobek, a encarnação dos grandes répteis que navegavam nas águas do Nilo e que atualmente estavam ameaçados. A caça e a poluição diminuíram drasticamente a população de crocodilos do Nilo nos últimos anos.

Os egípcios comprometeram-se a proteger a espécie através da implementação de programas de recuperação no lago Nasser, o habitat principal no Egito. Graças a estes esforços o crocodilo do Nilo deixou de estar em perigo e aumentou a conscientização da população egípcia para a sua conservação. Devido ao sucesso destas ações, na “Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas”, realizada no ano passado, foi mudado o estatuto do crocodilo que passou de “em risco de extinção” para espécie “não ameaçada, mas com comércio controlado.”


Crodilo do Nilo – Salvo da extinção


A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) também passou a classificar o crocodilo do Nilo como uma espécie em “baixo risco de extinção.” Um grupo de peritos desta organização trabalha, desde o ano passado, em colaboração com os pescadores locais para percorrer os mais de 500 quilómetros quadrados da superfície do lago Nasser, onde se encontram a quase totalidade dos crocodilos do Egito. O objetivo desta ação é registar todos os crocodilos existentes na área e a localização dos ninhos. Quando a contagem estiver concluída, a CITES estabelecerá uma quota para a caça ou exportação.

Entre os principais desafios para os próximos anos está o combate ao comércio ilegal desta espécie e evitar a sua propagação às margens do rio Nilo, como acontecia no antigo Egito. A barragem de Aswan serve como uma parede protetora e impede que a população se dissemine. No entanto a atividade humana, muitas vezes altera a situação, como alerta Mohamed Ibrahim, chefe do Departamento de Parques Naturais do Ministério do Meio Ambiente. “Há turistas que foram apanhados a pegar em pequenos crocodilos do lago e a colocá-los no rio; isso é errado.”

“Agora, os nossos objetivos são a conservação da espécie, a conscientização da população da importância dos crocodilos e atrair ecoturistas”, disse Mohamed Ibrahim. Por outro lado, aconselha o estabelecimento de uma “única unidades responsável pela conservação do crocodilo do Nilo que organize atividades relacionadas [com a espécie].” Reconhece que a complexa burocracia egípcia complica esta tarefa uma vez que esta organização deveria cooperar com os ministérios da Agricultura, Recursos Hídricos e Irrigação, da Defesa e dos Transportes e Turismo, uma vez que todos têm experiência no Lago Nasser.


Fonte: http://naturlink.sapo.pt

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Lucas Ferreira

Natural de Criciúma – SC, Graduado e Pós-Graduado em História pela UNIASSELVI – SC, com ênfase no Antigo Egito. Apaixonado pelos antigos egípcios e desenvolvedor de projetos na área da Egiptologia.

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